" (...) Saio à noite, vou aos bares que costumo frequentar. Vou numas de trombar com os amigos, simplesmente. Conversar um pouco e beber. Na verdade estou cansado de bares. Queria encontrar uma maneira de não frequentar mais bares. Frequento bar desde que era um moleque recém saído das fraldas. Meu pai nunca foi de me levar pra passear em lugar nenhum, mas de vez em quando ele ia beber e me levava junto com ele pro bar. Eu já gostava muito. Também fiz isso com minha filha. Ela mal sabia andar e já frequentava bares comigo. Lembro dela andando entre as mesas com menos de 2 anos de idade e toda a rapaziada a conhecia. Davam chocolate e refrigerante pra ela que adorava. Até hoje ela gosta de ficar nos bares comigo. Continua se divertindo. Mas eu é que não tô me divertindo mais. Quando um bar é bom, a música é ruim. E eu não suporto música ruim. Não há nada que me tire mais do sério. Bar quando quer segurar cliente atrai todo tipo de mala sem noção. Perde a personalidade porque quer agradar todo mundo. E vamos ser francos, ninguém agrada todo mundo. Ainda bem. E nós que somos frequentadores, temos que conviver. Sem contar que sempre trombo com algum (ou alguma) filho da puta e acabo perdendo a cabeça, quase saindo na porrada, esse tipo de merda. E não tenho o menor interesse nisso. Mas acho que essa é a média da humanidade, né? (...)"
leia o texto completo de Mário Bortolotto aqui:
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