aproveito a luz vermelha do semáforo para escrever
não quero perder palavras, idéias e impulsos
em breve a sinaleira ficará verde
escuto buzinas
é o preço pela desatenção
afobado, abro o caderno ao acaso
entre anotações a tinta, escrevo a lápis
tenho medo de esqueçer as coisas
ainda bem que posso registrar
mas não existe tempo hábil
as frases se acumulam
na curva me perco, tudo se perde, caem girando
sem querer revivo lembranças
quando as letras eram para mim
bandeirolas rodopiando num barbante
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