22 novembro, 2009
Hoje nunca existiu
Vou até a janela
não é noite mas já está escuro
o telefone ainda está quente
sinto frio
um gosto de amanhã na boca
um desgosto saliva
uma, duas, três luzes se acendem
alguém ainda vive
um livro na estante me olha
sem forças folheio suas páginas
parece outono
pareço mais velho
tento achar um lugar
tento encontrar uma história
mas já é tarde
estou na última linha do poema
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