25 janeiro, 2010

Agarrou a garrafa em que ainda restava um copo cheio de cerveja e o bebeu de um gole, deliciado, como se apagasse um fogo no peito. Porém nem se passara um minuto e já a cerveja lhe subira à cabeça, enquanto um calafrio leve e até agradável corria pela espinha. Deitou-se e puxou o edredom. Seus pensamentos, já doentios e desconexos, foram-se embaralhando mais e mais e num instante um sono leve e agradável se apossou dele. Tomando de prazer, descobriu com a cabeça um lugar no travesseiro, agasalhou-se mais fortemente com o edredom, que agora o cobria em vez do antigo capote esfarrapado, suspirou baixinho e caiu num sono profundo, forte, salutar.


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