09 novembro, 2010

O vapor que sai do asfalto


Abro as persianas
em vão
ventila muito pouco
inutilmente o ventilador gira

desço as escadas em busca de ar
pessoas sobem
o corredor é apertado
braços suados se encostam

lá fora não há sombra
somente o sol
esmagador
não poupa ninguém

não tenho coragem para subir novamente
limpo o suor da testa
limpo o suor da nuca
e volto a trabalhar

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