27 abril, 2011

Vincent Price


Desperto, o teto na penumbra
giro, deito de bruços
cerco meus olhos com o travesseiro
sinto meu rosto formigar

na verdade tem algo vivo nele
algo querendo sair
caio no chão, bato a cabeça no armário
um ruído horrível

alguém abrindo cascas de amendoim
se digladiam
a fronha se rompe e elas fogem
se espalham, parecem estar famintas

a porta do quarto não abre
escuto novamente o barulho
mais alto, ensurdecedor
está vindo do colchão king size


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