02 dezembro, 2009
Dê um abraço na realidade por mim
Com as mão tremulas
apanho o lápis
sem precisão
meio sem ponta
não faz sentido
talvez juntando palavras
conto os níqueis
e consigo tomar um café
as pessoas são delicadas
como esta folha de papel
que sem querer amasso
por ser afoito demais
vertigem constante
vivo no parapeito dos grandes edifícios
sou a serpentina
lançada na quarta-feira de carnaval
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