Ele cruzou com a mocinha bem junto ao banco, porém, ao chegar ao banco ela acabou desabando sobre ele, numa ponta, atirou sobre o encosto a cabeça e fechou os olhos, pelo visto levada por uma excessiva exaustão. Lançando-lhe um olhar, ele logo adivinhou que ela estava totalmente bêbada. Era estranho e aterrador olhar semelhante fenômeno. Chegou a pensar se não estava enganado. Tinha diante de si um rostinho jovem demais, de uns dezesseis anos, talvez quinze – pequeno, lourinho, bonitinho, mas todo afogueado, como se estivesse inchado. A mocinha, parece, estava atinando muito pouco; cruzou uma perna sobre a outra, e a cruzou bem mais do que devia, e, por todos os indícios, tinha muito pouca consciência de que estava na rua.
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