09 setembro, 2010

Interferência


Guardei a sua voz
naquela velha fotografia escondida
claro que não está nítida
mas às vezes vem com perfeição

tinha dias que você parava no tempo
ficava olhando pro nada
e quando te cutucava
dizia que não era nada

é claro que era alguma coisa
queria por um ponto final
não sabia dizer como
eu tinha certeza que era isso também

até que um dia parei de te ligar
era isso que queria, não é?
que somente te ligasse
quando achasse essa fotografia


Um comentário:

Bruna Fernandes disse...

achei um dos melhores poemas que já li, feito por ti..conseguiu tocar meu fundo da alma ...louco...