15 agosto, 2007

Bibliografia de História (concurso anterior)

BIBLIOGRAFIA

História

BITTENCOURT, Circe M. Fernandes (org.). - O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1997.

Esta coletânea estimula a discussão e a reflexão dos professores preocupados com a formulação do ensino de História que envolve a redefinição dos conteúdos e dos métodos de ensino. Uma obra fundamental para professores e estudantes de História e para todos quantos se interessam pelos rumos da educação no Brasil.

BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História. Ensino de 5ª a 8ª série. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002. p. 275-360.

BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências humanas e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.

CADERNOS CEDES. Memória, liberdade e liturgia política na educação do cidadão. n.º 58. Campinas: Cedes, 2002.

CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas. O imaginário da república no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

Se o eixo articulador do livro - a trama das ideologias - é por si só interessante, o modo como o sensível pesquisador procede a análise constitui, talvez, o aspecto mais original da obra. Trabalhando os elementos extradiscursivos das justificativas ideológicas republicanas, o autor, um hermenauta das formas, interpreta símbolos, imagens, alegorias e mitos da época, na tentativa de avaliar como as visões da República transbordaram o círculo restritodas elites e atingiram a população de modo geral. O título é revelador: formar almas. Eis o objetivo do arsenal de heróis, hinos, mitos e bandeiras que assolaram o país no final do século, em meio a verdadeiras batalhas pela conquista do imaginário popular republicano. Mas se a " República não foi", tampouco conseguiu construir um imaginário próprio.

CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade. Uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

Rio de Janeiro, últimas décadas do século XIX. Adão Africano, Genuíno, Juvêncio, Bonifácio, Francelina, Maria de São Pedro - todos negros, vários escravos - estas são algumas das personagens que, outrora esquecidas em meio à documentação dos arquivos, protagonizam este livro. Um trabalho de pesquisa minucioso e sensível permite a Sidney Chalhoub analisar os processos criminais e de obtenção de alforria em que estes negros estavam envolvidos, revelar seus desejos e interferências nas operações de compra e venda a que tinham de se submeter e, por fim, desvendar o papel que a cidade do Rio - transformada em cidade negra, cidade-esconderijo - desempenhava em suas vidas. Assim, recuperando aspectos da experiência dos escravos na Corte, seus modos de pensar e atuar sobre o mundo, Chalhoub mostra que as lutas em torno de diferentes visões de liberdade e cativeiro contribuíram para o processo que culminou com o fim da escravidão no Rio de Janeiro.

COSTA, Emilia Viotti da. Da monarquia à república: momentos decisivos. São Paulo: UNESP, 1999.

Neste livro, já um clássico da historiografia brasileira, Emília Viotti da Costa reuniu ensaios escritos em diferentes momentos, sobre vários temas relativos à história do Brasil. Nasceram eles de uma preocupação que lhes dá unidade- a de entender a fraqueza das instituições democráticas e da ideologia liberal, assim como a marginalização política, econômica e cultural de grande parte da população brasileira, problemas básicos do Brasil contemporâneo. Fiel à perspectiva segundo a qual dentro das determinações gerais do processo histórico há sempre uma margem relativa de liberdade, a autora procura evitar explicações mecanicistas que apresentam os homens isentos de qualquer responsabilidade, como meras vítimas de forças históricas incontroláveis. Com base nisto, examina o comportamento das elites brasileiras em alguns momentos decisivos da nossa história, apontando os limites que caracterizam a sua formação.

DE DECCA, Edgar. 1930: O silêncio dos vencidos. São Paulo: Brasiliense, 1994.

DE ROSSI, Vera e ZAMBONI, Ernesta (orgs.). Quanto tempo o tempo tem! Campinas: Alínea, 2003.

Como deixar de pensar o tempo como um círculo ou como uma linha? Como libertar os alunos das noções seqüenciais que aprenderam com os professores na escola? Será que, no futuro, um humano descendente de colonos estelares fará uma visita no Planeta Terra, para dar uma última olhada? Nesta obra dez pesquisadores, aqui reunidos, teceram esta produção multidisciplinar, fazendo essas e outras tantas perguntas ao tempo. Certamente a trama destas respostas possibilitam uma viagem, apinhada de surpresas, pelos tempos (internos e externos) das crianças, dos homens e do universo.

FAUSTO, BORIS. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1994.

A obra cobre um período de mais de 500 anos, desde as raízes da colonização portuguesa até nossos dias. O autor narra e analisa os fatos mais importantes, com a preocupação de revelar ao leitor as grandes linhas de força que permitem compreender o sentido da formação histórica brasileira. Com esse objetivo, detém-se na análise de instituições fundamentais como o sistema colonial, o sistema escravista e os regimes autoritários do século XX.

FUNARI, Pedro Paulo. A Antigüidade Clássica: a história e cultura a partir dos documentos. Campinas: Unicamp, 1995.

GRUPIONI, Luís Donisete Benzi [et alii] (orgs.). Povos indígenas e tolerância. Construindo práticas de respeito e solidariedade. São Paulo: EDUSP, 2001. p.85-153.

HOBSBAWM, Eric. A Era dos extremos. O breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Neste ensaio histórico panorâmico, o grande historiador Eric Hobsbawm apresenta seu testemunho sobre o século que coincidiu com sua vida.

HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Uma das obras fundadoras da moderna historiografia e ciências sociais brasileiras. O livro pontua, com fina sensibilidade, algumas das mazelas de nossa vida social, política e afetiva, entre elas a incapacidade secular para separar o espaço público do privado, tema dos mais candentes e que explica, em parte, a vitalidade das sucessivas reedições deste livro.

LE GOFF, Jacques - O maravilhoso e o quotidiano no ocidente medieval. Lisboa: Edições 70, 1985.

Esta obra é um estudo sobre as crenças, temores e esperanças que povoavam o imaginário dos nossos antepassados medievais. É também o estudo da influência desse imaginário no quotidiano medieval.

NOVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial: 1777-1808. São Paulo: Hucitec, 1981.

ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira. Cultura brasileira e indústria cultural. São Paulo: Brasiliense, 1988.

Afirma-se normalmente que o Brasil mudou nos últimos anos. Mas em que sentido? É a partir desta pergunta que Renato Ortiz retoma a problemática da cultura brasileira, para a qual as idéias de modernização e de modernidade já não mais se apresentam como um projeto -- como nos anos 40 a 60 -- mas como uma realidade que se impõe como tradição. Analisando a emergência da indústria cultural no Brasil, Ortiz recoloca temas constantes de nosso debate intelectual, como identidade nacional e cultura popular.

PINSKY, Jaime e PINSKY, Carla Bassanezi (orgs.). História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2003.

Organizado por Jaime Pinsky e Carla Bessanezi Pinsky, o livro reúne 24 autores entre historiadores, economistas, filósofos, sociólogos, antropólogos, geógrafos, advogado e um escritor, que explicam a origem da noção de cidadania, as lutas por inclusão social ao longo da história até chegar na discussão de como ela é exercida hoje. De forma clara e com texto fluente, a obra mostra como o conceito moderno de cidadania foi uma lenta e sofrida construção que surgiu com o capitalismo e a formação dos Estados Nacionais e ganhou aperfeiçoamentos em quatro revoluções - Inglesa, Americana, Francesa e Industrial. Dos primórdios à concepção moderna, o livro passa a discutir a luta de minorias, como mulheres, negros e índios, para ampliar sua participação na sociedade. Discute também temas que só apareceram há algumas décadas, como meio ambiente e terceiro setor, e hoje conquistaram um espaço indiscutível. A obra termina com o conto 'O nascimento de um cidadão' de Moacyr Scliar.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. A Escola de cara nova. Educação Indígena. 2.ed. São Paulo: SE/CENP, 2002.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Educação Indígena em São Paulo. Encontro de professores índios e não índios. São Paulo: SE/CENP, 1999.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Estado da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Escola nas férias: aprendendo sempre. São Paulo: SE/CENP, 2001. p.05-32 e p.97-120.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Estado da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Escola nas férias: aprendendo sempre. São Paulo: SE/CENP, 2002. p.25-30 e p.63-74.

SCHWARCZ, Lilia Moritz - Nem preto, nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na intimidade. In: História da vida privada no Brasil (volume 4). São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

Este volume encerra a Coleção História da vida privada no Brasil, projeto que se tornou um marco editorial no país e que foi viabilizado, no plano empresarial, por uma parceria consistente entre a White-Martins e a Companhia das Letras. No plano acadêmico, o projeto aglutinou intelectuais de diferentes campos de conhecimento, ampliando a ressonância de pesquisas isoladas e propiciando um diálogo mais rico entre elas. Com o subtítulo Contrastes da intimidade contemporânea, esta coletânea investiga certos contornos que o Brasil adquiriu a partir de 1930. Acompanhados de farto material iconográfico e refletindo a interdisciplinaridade da equipe, são doze ensaios que exploram temas como violência, imigração, relações entre política e vida privada, organização familiar e preconceito racial, entre outros.

SILVA, Sergio e NEGRO, Antonio Luigi (orgs.). E. P. Thompson - As peculiaridades dos ingleses e outros artigos. Campinas: UNICAMP, 2002.

TODOROV, Tzvetan. A Conquista da América. A questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1983.

Um comentário:

Anônimo disse...

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