28 novembro, 2009

Nos encontraremos no inferno


Estava debruçado no balcão do bar
tomando minha cerveja
as baratas pareciam dançar
risos, tristes guizos

penso no amor que sinto
que irei sentir
o resto é passado
que enterro com palavras não pronunciadas

as cadeiras são colocadas em cima da mesa
fecho minha conta
já irão fechar
o balde d´água apaga o dia com sabão

rezo para que meu Deus não exista
para que ela morda meus lábios novamente
e que me sinta vivo: sem volta
pois ando parecendo um lápis-de-cor sem ponta

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