Desperto, o teto na penumbra
giro, deito de bruços
cerco meus olhos com o travesseiro
sinto meu rosto formigar
na verdade tem algo vivo nele
algo querendo sair
caio no chão, bato a cabeça no armário
um ruído horrível
alguém abrindo cascas de amendoim
se digladiam
a fronha se rompe e elas fogem
se espalham, parecem estar famintas
a porta do quarto não abre
escuto novamente o barulho
mais alto, ensurdecedor
está vindo do colchão king size